sábado, 26 de maio de 2012

Políticas Públicas: avaliação e monitoramento


       Os  processos de avaliação e monitoramento de programas e projetos voltados para políticas públicas com recorte em gênero e raça objetivam


A função primordial do monitoramento e da avaliação é supervisionar o processo de implementação de políticas, programas e projetos, de forma a  garantir a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais. O monitoramento e a avaliação constituem etapas fundamentais da formulação e da implementação de políticas públicas. (HEILBORN, ARAÚJO & BARRETO, 2010, p. 111)


            Durante algum tempo, as políticas públicas não eram avaliadas e nem monitoradas no Brasil. Porém, a partir dos anos 90,  com o aprofundamento e fortalecimento das instituições democráticas e com uma nova visão na condução das políticas sociais, foram criados sistemas de avaliação e monitoramento  comprometidos com uma gestão orientada para os resultados.  Com a reforma administrativa realizada no Brasil, em 1995,  foi adotado um novo modelo de administração pública gerencial.  A reforma  adotou princípios que também orientaram a concepção do Plano Plurianual de Investimentos da Administração Pública, tais como: a focalização da ação do Estado no cidadão;  a abordagem centrada no alcance de objetivos; a flexibilidade administrativa e o controle social. Assim, a nova abordagem permitiria uma  ampliação do diálogo entre Estado e sociedade civil.




Isto significa que, do ponto de vista do acompanhamento e  da avaliação da implementação de programas e ações governamentais, passaram a ser considerados novos aspectos do processo, como: participação da comunidade [...], resultados alcançados [...]; satisfação da população; [...] atuação das instituições parceiras [...]; a criação de mecanismos de prestação de contas para a sociedade sobre as ações governamentais e seus resultados. (HEILBORN, ARAÚJO & HEILBORN, 2010, p. 114)          



            Porém, os avanços ocorreram a partir de 2003, por meio de determinadas práticas que fortaleceram a democracia participativa no Brasil, como a realização de conferências nacionais, de audiências públicas e a criação e/ou fortalecimento de instrumentos que asseguravam a transparência das ações do Estado.

           

REFERÊNCIA


HEILBORN, M.L.; ARAÚJO, L; BARRETO, A. (orgs). Gestão de políticas públicas em gênero e raça/GPP-GeR: módulo 2. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.


Postado por Giovanna Carrozzino Werneck



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