terça-feira, 1 de maio de 2012

Novos Conceitos


                                                             
Os conceitos de interseccionalidade, intersetorialidade e transversalidade são fundamentais para a elaboração, implementação e avaliação de políticas públicas em gênero e raça. As três juntas referem-se à concepção “[...] de que as políticas públicas devem se articular para contribuir, sobretudo, para a superação das desigualdades econômicas, de gênero e raça/etnia.” (HEILBORN, ARAÚJO & BARRETO, 2010, p. 01). A intersetorialidade “[...] compreende a perspectiva de que a gestão das políticas sociais e, consequentemente, dos serviços públicos, deve ser realizada por meio de ações integradas.” (HEILBORN, ARAÚJO & BARRETO, 2010, p. 01). A interseccionalidade “[...] é uma categoria com um conteúdo político bem definido [...] e que abarca a complexidade da situação indivíduos e grupos, considerando a coexistência de eixos de subordinação.” (HEILBORN, ARAÙJO & BARRETO, 2010, p. 02)
  

A perspectiva da transversalidade de gênero e raça também apreende a dimensão interseccional da desigualdade e deve compreender ferramentas analíticas de articulação de múltiplas diferenças e desigualdades. [...] toda ação transversal é concomitantemente intersetorial, ou seja, envolve mais de uma política, enquanto muitas ações intersetoriais não tendem à transversalidade de gênero e raça, não incorporam as especificidades de mulheres e grupos raciais discriminados. (HEILBORN, ARAÚJO & BARRETO, 2010, p. 02)


            De acordo com as autoras, políticas públicas com recorte de gênero e raça:



[...] São políticas  públicas que reconhecem o fato de que as diferenças entre homens e mulheres e as diferenças raciais estão na base das desigualdades e, a partir desse reconhecimento, implementam ações diferenciadas para atender às demandas específicas de cada segmento, visando contribuir para a superação dessas desigualdade. (HEILBORN, ARAÚJO & BARRETO, 2010, p. 05)


                                           
Em relação à aplicação desses conceitos na formulação e avaliação das políticas públicas em gênero e raça, é imprescindível investir na formação de gestores (as) comprometidos com essas temáticas, gerando então, uma carência em programas e projetos  governamentais.




REFERÊNCIA


HEILBORN, Maria Luiza; ARAÚJO, Leila; BARRETO, Andreia (orgs). Gestão de políticas públicas em gênero e raça/GPP-GeR: módulo 2. Rio de Janeiro: CEPESC; Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010


Postado por Giovanna Carrozzino Werneck

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