Dados estatísticos de fontes confiáveis são sempre bem-vindos ! Assim, em reportagem intitulada "Pesquisa Revela um País Rico em Preconceito", do jornal A Gazeta, de 23 de julho, são relatados os resultados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no dia anterior. Seguem alguns dados:
* Para 63% dos entrevistados, a cor da pele influencia na vida, sendo o impacto maior no trabalho;
* Para 65%, a cor e a raça repercutem no convívio social;
*`Para 68,3%, a cor e a raça interferem na relação com a justiça e a polícia.
Em meio aos dados e números citados, algumas vítimas do preconceito com ocupações diferenciadas ( manicure, juiz, vendedor de picolé, deputado estadual...) se manifestam nos depoimentos: "Pessoas até me olhavam de lado.", " Acharam que eu poderia assaltar." , "A visão é de que negro não pode ascender.", "Era sempre o suspeito. ", "Só quem já vivenciou sabe o impacto de uma atitude racista em sua vida." Este último depoimento me fez recordar as frases: "Uns (umas) não veem o racismo e o sexismo que outros (as) vivem. Uns (umas) são considerados (as) mais iguais que outros (as)".
A reportagem remete-nos ao mito de democracia racial (já relatado neste blog), pois expõe uma realidade que nós, brasileiros (as) insistimos em negar. Afinal, é mais fácil propagarmos o mito do que encararmos nossos preconceitos, atitudes racistas e nosso racismo velado.
"Preconceito: quem disse que ele não existe no Brasil !"
Giovanna C. Werneck
Nenhum comentário:
Postar um comentário