sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que dizemos pode-se tornar uma verdade. Cuidado.

Sejamos honestos e honestas, pense comigo um instante, mas no imaginário popular nessas lindas cantigas, quem era a Lelê? Aquela que samba, desce, sobe e que pisaram na barra da saia dela. Claro que era uma negra. Está nas entrelinhas. Quem sambava naquela época de Villa Lobos? Vale deixar registrado que foi Vila Lobos que reuniu essas cantigas maravilhosas. Mas voltando ao assunto o samba era perseguido ferozmente, a pemba era coisa de gente demoníaca, e o detalhe: eles não prendiam, só batiam com diz o sambista Zeca Pagodinho.
O que fez a Lelê para ter a cabeça quebrada? Qual seu pecado para lever muitas lambadas? E mais, era forçada a dançar mesmo com essas terríveis mazelas. Respondo, era negra, e negros não valiam a pena, eram burros e só serviam para trabalhar e ser purificarem de seus pecados.
Mas esse registro é para abrir nossos olhos: a propaganda fica, uma mentira contada muitas vezes vira verdade. A publicidade é uma arma que funciona muito bem. Foi assim nas igrejas, foi assim na escravatura e está sendo assim na violência de todo tipo contra a mulher negra. Abram seus olhos.

Até.

Pedro Paulo Barbosa Carvalho
Grupo 3 - Cachoeiro de Itapemirim
Marketeiro e Publicitário

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