Impressionante relato este. Estamos estudando a história e essa história acontece sempre todo dia e perto de nós. Façamos as políticas públicas acontecer!
Um crime bárbaro chocou os moradores da pacata comunidade de Uberada, zona rural de Iúna. Na manhã de ontem, foi encontrado o corpo da aposentada Loiza Joana Alves, 84 anos, morta com golpes de faca pelo companheiro, o também aposentado José Luiz dos Santos, 90 anos.
De acordo com informações do delegado do município, Alberto Roque Peres, o corpo foi encontrado por um vizinho. “Todos os dias esse vizinho passava em frente à casa do casal por volta das 06h00 e via um ou outro na varanda e ontem ele não viu. Achando estranho ele se aproximou e viu que a aposentada estava caída na sala morta”, contou o delegado.
O vizinho acionou a polícia, que realizou buscas na região e o aposentado foi encontrado a pouco mais de um quilômetro do local do crime, dormindo em um matagal. Ele foi detido e encaminhado até a Delegacia.
“Nós encontramos um laudo médico encaminhado o José Luiz para um psiquiatra. Ele não quer falar e quando fala se refere à aposentada como sua irmã e não sua companheira. Em outra ocasião, ele a agrediu usando um pedaço de pau, mas a vítima não quis registrar queixa contra o aposentado”, continuou o delegado.
O delegado contou que Loiza foi morta com três facadas na região do peito e apresentava um corte na mão. “Ele está sendo encaminhado até uma unidade psiquiatra para sabermos de um profissional se ele tem condições de responder pelo crime. Não podemos encaminhá-lo a um presídio nessas condições”, completou o delegado.
O corpo de Loiza foi encaminhado ao Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim.
“Era difícil eles brigarem”
O filho de Loiza, Adair Agripino Alves, contou que morava há 15 quilômetros da residência do casal e que estava presente sempre que possível. “Eu só fui conhecer ele no dia que ele foi morar com minha mãe, mas eles nunca tiveram problemas, era difícil de brigarem. Como eu morava mais perto, ia até lá todos os fins de semana, pois durante a semana era difícil ir por causa do trabalho”, contou.
Segundo ele, José Luiz era o terceiro marido de sua mãe e ela foi a primeira esposa dele. “Ele viajou o Espírito Santo todo trabalhando com madeira, mas sempre estava muito envolvido com bebida e nunca se casou. Dos casamentos de minha mãe, ela tem três filhos vivos. Eu moro em Iúna, um mora em Vitória, uma que sumiu de casa quando ainda tinha 10 anos, hoje deve estar com uns 50 anos ou mais, e outro que foi embora quando ela foi morar com o José Luiz e nunca mais tivemos notícias dele”, continuou.
Inconformado com o crime, o filho disse não entender como o acusado conseguiu assassinar a mãe. “Ele tinha dificuldade para andar e não enxergava direito. Eu que levava os dois no banco para receber e era uma dificuldade para ele atravessar a rua, não entendo como arrumou força para cometer esse crime”, ressaltou.
Ainda ontem, Adair esteve com José Luiz. “Minha vontade era de matar ele, mas fiquei com dó. Ao mesmo tempo em que sinto raiva, tenho pena dele”, completou o filho.
Fonte:
http://www.aquies.com.br/site/conteudo.asp?codigo=2190
Pedro Paulo Barbosa Carvalho
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http://www.aquies.com.br/site/conteudo.asp?codigo=2190
Pedro Paulo Barbosa Carvalho
Apesar de ser um tema chocante, a sociedade civil, os legisladores e a justiça de um modo geral, NÃO podem abrir mão e olhar atentamente para este tipo de violência e covardia gratuita. Deve-se estabelecer de forma imediata a adoção de legislação específica para tipificar e principalmente punir atos imbecis. Somente com uma legislação que puna severamente e que se faça valer para que tenhamos a civilidade e a cidadania restabelecidas.
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